No primeiro turno das eleições municipais deste ano, o clima de rivalidade se intensificou, resultando em 373 casos de violência política registrados entre 16 de agosto e 6 de outubro. A pesquisa "Violência Política e Eleitoral no Brasil", realizada pelas organizações Terra de Direitos e Justiça Global, revelou que 2024 é o ano mais violento da série histórica, com uma média de sete vítimas diárias.
Os dados incluem 10 assassinatos, 100 atentados, 138 ameaças, 54 agressões e 7 invasões. O pico de ocorrências foi na véspera das eleições, com 99 casos notificados entre 1º e 6 de outubro. São Paulo liderou os registros, com 14 casos.
Embora pessoas brancas sejam a maioria das vítimas (52%), a maioria dos homicídios afetou pessoas negras, que representaram 44% das vítimas totais. As mulheres, que compõem 33,96% dos candidatos, foram alvo de 35% dos casos de violência, principalmente ameaças. Além disso, o relatório aponta oito casos de vazamento de vídeos íntimos de candidatas, evidenciando o machismo no pleito.
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