Tese analisa contribuição de Carlos Gomes ao Brasil
- Eula D.T.Cabral

- 12 de nov.
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No dia 7 de novembro de 2025, às 14h, a pesquisadora do grupo de pesquisa Economia Política da Comunicação e da Cultura (EPCC), Mariana Franco, defendeu, no Programa de Pós-graduação em História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) sua tese de Doutorado “Carlos Gomes: entre memória e esquecimento no século XX”, sob orientação de Orlando de Barros. Foi aprovada e é a nova doutora do grupo.
Confira o resumo da tese
Esta tese de doutorado tem como tema o compositor brasileiro Carlos Gomes, dando relevo a dois aspectos principais, o esquecimento a que o compositor foi submetido desde o início da República até a década de 1920 e sua transformação em herói nacional na década de 1930. Com a Proclamação da República, em 1889, mudanças políticas e estéticas que vinham ocorrendo foram concretizadas. Carlos Gomes, que representava o “passado” monárquico, teve sua imagem associada a um homem do Império e ao “atraso”. Na década de 1920, o movimento modernista se solidificou. Os modernistas argumentaram que a obra do compositor, que pertencia ao romantismo, não se enquadrava como música brasileira por seguir padrões europeus. Na década de 1930, a memória de Carlos Gomes tornou-se parte do programa oficial do governo de Getúlio Vargas, que transformou o compositor em herói nacional, exaltado enquanto gênio nacional e exemplo de brasilidade.
A banca examinadora da defesa de tese de Doutorado foi formada pelo Dr. Orlando de Barros (orientador), Dr. Ricardo Mendes, Dr. Carlos Eduardo Pinto de Pinto, Dra. Vera Lucia Bogéa Borges e Dr. Fábio Koifman.

A tese, após sua aprovação, foi para ajustes e será disponibilizada à sociedade em, no máximo, 90 dias.

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