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Brasil sai do Mapa da Fome da ONU após três anos, aponta FAO

  • Foto do escritor: Manuela Freitas
    Manuela Freitas
  • 28 de jul.
  • 2 min de leitura

Após três anos, o Brasil voltou a sair do Mapa da Fome das Nações Unidas. A informação foi anunciada pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares, realizada em Adis Abeba, na Etiópia. De acordo com o novo relatório, o país atingiu uma taxa média de subnutrição inferior a 2,5% entre os anos de 2022 e 2024, critério técnico que define a exclusão da lista de países em situação de fome generalizada.

A conquista ocorre após um período crítico vivido entre 2018 e 2020, quando o Brasil havia retornado ao Mapa da Fome em razão da crise econômica e do impacto da pandemia de Covid-19. Segundo dados recentes, aproximadamente 24 milhões de brasileiros deixaram a condição de insegurança alimentar grave nos últimos dois anos.

O governo federal atribui o resultado à retomada de políticas públicas robustas voltadas à segurança alimentar, como o fortalecimento do Bolsa Família, a implementação do Plano Brasil Sem Fome, o apoio à agricultura familiar, à alimentação escolar e ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), além de medidas de estímulo ao emprego e à qualificação profissional. Indicadores sociais reforçam essa trajetória de recuperação: em 2023, a pobreza extrema caiu para 4,4%, o desemprego recuou para 6,6% — o menor patamar desde 2012 — e o rendimento per capita alcançou R$ 2.020, com o índice de Gini atingindo 0,506, o menor da série histórica.

Apesar do avanço, especialistas alertam que a insegurança alimentar ainda persiste em várias regiões e camadas sociais, especialmente entre os mais pobres. Fatores como a alta nos preços dos alimentos, os efeitos das mudanças climáticas sobre a produção e a vulnerabilidade estrutural de um modelo agroexportador mantêm o desafio da fome no centro do debate público. Ainda assim, o retorno do Brasil à condição de país fora do Mapa da Fome representa um passo importante na reconstrução de políticas sociais e no enfrentamento da desigualdade.


 
 
 

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