Treinamento contra fake news melhora detecção de desinformação e tem efeitos duradouros, revela estudo de Oxford
- Manuela Freitas
- 13 de mar.
- 1 min de leitura
Um estudo da Universidade de Oxford mostrou que treinamentos específicos podem ajudar as pessoas a identificar e rejeitar notícias falsas, com efeitos duradouros de até um mês. A pesquisa envolveu mais de 11 mil participantes, que passaram por três tipos de treinamento: análise de um artigo curto para reconhecer táticas de desinformação, assistir a um vídeo explicativo ou jogar um jogo no qual criavam notícias falsas para entender como são geradas.
Os participantes foram testados logo após o treinamento, depois de 10 dias e novamente após 30 dias. Todos os métodos ajudaram a melhorar a detecção de fake news, mas a análise de textos teve os efeitos mais duradouros — cerca de um mês — enquanto o impacto dos vídeos e jogos durou apenas duas semanas. A retenção de memória e a motivação foram fatores-chave para a eficácia do treinamento.
O estudo também destacou a importância da “pré-mistificação”, que ensina as pessoas a reconhecerem estratégias de manipulação antes de entrarem em contato com desinformação, sendo mais eficaz que a correção posterior. Além disso, reforços periódicos — como lembretes após a primeira e a quarta semana — ajudaram a prolongar os efeitos do treinamento, com potencial de durar meses ou até anos após múltiplos reforços.
Embora o impacto em larga escala seja limitado por questões políticas, especialmente nos Estados Unidos, iniciativas locais, como a inclusão de alfabetização midiática no currículo escolar, podem fazer diferença. Para se proteger de fake news, os especialistas sugerem desacelerar ao ler notícias online, avaliar a credibilidade das fontes e usar aplicativos que ajudam a reconhecer desinformação. Saiba mais em: https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/treinamento-pode-ajudar-pessoas-a-identificar-noticias-falsas-diz-estudo/#goog_rewarded

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